17 de mar. de 2012

fazer amor


Desconheço o autor, mas que é lindo e verdadeiro, é.



Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insonsso, desses que dão fome trevial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem compustura, sem respeito, atendendo exclusivamente à voracidade do apetite.
Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressas e com delicadeza...porque a alma tem contextura de cristal, deve ser tocada na leveza, apalpada com macieza... até que o corpo descubra cada uma das suas funções.
Quando a descoberta acontece, é que o acto de amor começa. As mãos deslizam sobre as curvas, como se tocassemos nas nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos, provando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes escorrendo em dons, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.
Fazer amor é Ressurreição !!! É nascer de novo, no abraço que aperta sem sufocarmos, no beijo que cala a sede gritante, na escalada dos degraus celestiais que levam ao goso.
Vale chorar, vale gemer...vale gritar, porque aí já se chegou ao paraíso, e qualquer som há-de sair melódico e afinado,seja grave, agudo, pianinho...
há-de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.
Corpos se ajustaram, almas se matizaram...
Fez-se o extase! É o instante da PÁZ...é a escritura da serenidade.


E os amantes em assunção pisam ETERNIDADE

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